Atriz, ativista social e promotora da cultura são-tomense, com uma paixão pelo teatro que se manifestou desde a infância, tanto na escola como na igreja.
A sua carreira como atriz teve início em 2004, quando participou numa formação organizada na roça de São João dos Angolares (Teia de Arte), em São Tomé e Príncipe, liderada por João Carlos Silva e pelo falecido Nelson Vaz. Paralelamente ao teatro, Mardginia é também professora de francês e esteve sempre envolvida em atividades de promoção cultural e social.
Em 2010, foi reconhecida pelo seu empenho e recebeu o Diploma de Mérito da Escola Preparatória Patrice Lumumba. Nos anos seguintes, intensificou o seu envolvimento em causas sociais e culturais.
Mardginia fundou a Caravana Africana, uma associação que promove a união e colaboração em prol das raízes culturais de São Tomé e Príncipe, onde atua também como presidente do grupo teatral Caravana Africana. Além disso, é vice-presidente e cofundadora da Associação Mamã Catxina, colaboradora ativa da Academia de Líderes Ubuntu de São Tomé e Príncipe (ALUSTP) e animadora de teatro na Fundação da Criança e da Juventude.
Em 2020, foi reconhecida internacionalmente com o prémio The African Figures of the Biennium 2020/2022 da Coligação da Juventude dos PALOP (CJP), na categoria de Liderança Cívica e Boa Governação.
Em 2022, tornou-se a primeira mulher mestre de Teatro em São Tomé e Príncipe, ao concluir o mestrado em Artes Cénicas (Teatro) na Universidade de Évora, em Portugal, como bolseira do PROCULTURA. Na sua tese, defendeu a inclusão da educação artística no currículo das escolas públicas do seu país, argumentando que essa medida pode fomentar o interesse pela arte, melhorar a autoestima dos alunos e fortalecer o espírito de equipa e as relações interpessoais. Nesse mesmo ano, foi eleita presidente da Associação Mamã Catxina, uma organização liderada por mulheres, dedicada à união e ao empoderamento feminino.
Em colaboração com a diretora-geral da Cultura de São Tomé e Príncipe, participou em projetos para fortalecer o ensino artístico, como a possibilidade de estudantes são-tomenses frequentarem o mestrado em Formação Musical no Instituto Politécnico de Castelo Branco, em Portugal, e a criação de uma escola de arte no arquipélago.
Em 2024, participou no evento “Música em São Tomé e Príncipe: história e atualidade”, promovido pela X Bienal de São Tomé e Príncipe, reforçando o seu compromisso com a promoção das raízes culturais do país.
A atuação contínua de Mardginia Pinto em prol da cultura e do empoderamento social faz dela uma figura central na cena artística e social contemporânea de São Tomé e Príncipe.