Nascido em 1962, em Maputo, é um filósofo, professor e pesquisador moçambicano, cuja obra se concentra na antropologia intercultural, pensamento africano, filosofia da educação e cultura política em África. Com graduação em Teologia e Doutorado em Filosofia pela Universidade Gregoriana de Roma, Ngoenha dedica-se a promover uma reflexão crítica sobre o pós-colonialismo, educação e os desafios políticos e sociais do continente africano.
Atualmente, é professor no Departamento de Filosofia da Universidade Pedagógica de Moçambique e professor associado no Departamento de Antropologia e Sociologia da Universidade de Lausanne, na Suíça. As suas contribuições intelectuais têm impacto tanto a nível nacional como internacional, abordando questões contemporâneas através de uma lente filosófica profundamente enraizada nas experiências e desafios africanos.
Nos últimos anos, Ngoenha tem-se destacado por iniciativas que consolidam o seu papel como uma das principais vozes intelectuais de Moçambique. Em março de 2024, lançou na cidade da Beira o livro Da Wesselia à Wesselia, uma obra que reflete sobre o lugar do ser humano num mundo dominado pela tecnociência e explora a criação de “homens” superiores aos biológicos. Este lançamento reafirmou o seu compromisso com debates filosóficos inovadores e relevantes para os tempos atuais.
Em novembro de 2024, participou em discussões sobre a situação política em Moçambique, destacando-se a sua análise sobre as manifestações no país. Numa entrevista à DW, Ngoenha afirmou que os protestos não resultaram apenas de disputas eleitorais, mas refletem um “descontentamento generalizado” face a problemas sociais que afetam amplamente a população.
Além das suas publicações e participações públicas, mantém uma presença ativa através do seu website, onde publica artigos e reflexões sobre temas como a necessidade de uma conferência nacional para tornar Moçambique um país seguro e mais justo para os seus cidadãos.