Dirigente associativo português, filho de pais cabo-verdianos, formado em Engenharia Florestal e Proteção Civil. É dirigente da direção da Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal, uma organização que há décadas trabalha na promoção, memória e visibilidade da história africana em Portugal.
A sua atividade associativa está sobretudo cimentada na necessidade de mitigar o desconhecimento histórico e cultural sobre a história africana no país presente no ensino formal. Em 2016, esteve envolvido na criação do roteiro “Espaços da Presença Africana em Lisboa”, que oferece visitas guiadas pelos locais mais icónicos da presença africana na capital portuguesa, promovendo a educação e a reflexão sobre a história africana em Lisboa.
Em declarações públicas, Djuzé Neves tem defendido a criação de um espaço em Portugal que celebre a presença e a influência da cultura africana, como uma fundação ou museu de África em Portugal, reforçando a importância de iniciativas que reconheçam o contributo africano para a sociedade portuguesa.
Em janeiro de 2024, o trabalho da Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal culminou na inauguração um busto de Pai Paulino, defensor brasileiro dos direitos das pessoas negras de 20 placas toponímicas em Lisboa, que destacam a presença africana na cidade. Estas placas foram colocadas em diversos locais, transformando Lisboa num “museu a céu aberto”, convidando os cidadãos a refletirem sobre a história e o legado africano na capital. Além disso, esteve envolvido na organização do Dia Mundial da Cultura Africana e Afrodescendente, celebrado em janeiro. Durante as celebrações, destacou a necessidade de integrar e valorizar a comunidade africana em Portugal, promovendo a cultura e a história africanas como parte integrante da identidade portuguesa.