Pugilista cabo-verdiano, primeiro medalhado olímpico do país e o segundo dos PALOP.

Em 2020, participou nos Jogos Olímpicos de Tóquio na categoria masculina de boxe até 52 kg, tendo alcançado os oitavos de final. Foi porta-estandarte de Cabo Verde na cerimónia de encerramento.

Em 2022, competiu na categoria entre 51 e 54 kg do Campeonato Africano de Boxe Amador, realizado em Maputo (Moçambique), onde conquistou a medalha de bronze.

Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, foi um dos porta-estandartes de Cabo Verde na cerimónia de abertura, juntamente com a judoca Djamila Silva. Competiu no boxe, na categoria masculina até 51 kg. Venceu o tailandês Thitisan Panmot nos oitavos de final e o zambiano Patrick Chinyemba nos quartos de final, garantindo a medalha de bronze. Esta foi a primeira medalha olímpica (excluindo os Jogos Paralímpicos) para Cabo Verde e a segunda para os PALOP.

David Pina fez história ao tornar-se no primeiro medalhista olímpico por Cabo Verde e o segundo da África lusófona.

O pugilista vê-se como um exemplo de superação, trabalhando não só por si, mas também em prol dos jovens. Acredita que a sua medalha de bronze tem peso de ouro, pois essa vitória resultou de inúmeras lutas e sacrifícios, sobretudo devido à falta de investimento das instituições desportivas de Cabo Verde em atletas de classes sociais menos privilegiadas.