Amanda Costa

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Ativista climática, antirracista e ecofeminista brasileira, cuja atuação se destaca tanto no Brasil quanto em cenários internacionais. Formada em Relações Internacionais pela Universidade Anhembi Morumbi em 2019, Amanda é fundadora e Diretora Executiva do Instituto Perifa Sustentável, uma organização dedicada à promoção da pauta ambiental nas periferias urbanas, com foco nas necessidades socioeconômicas dessas comunidades e no combate ao racismo ambiental.

O seu envolvimento no ativismo climático começou ainda na adolescência, aos 18 anos, quando se uniu à ONG Engajamundo, onde rapidamente se destacou ao conectar o ambientalismo com questões de justiça racial e ecofeminismo. Em 2018, participou da sua primeira Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 23, em Bonn, Alemanha. Desde então, Amanda tornou-se uma voz influente no debate sobre as mudanças climáticas e a justiça social, participando de várias outras conferências internacionais, como as COP 24, 26 e 27.

Em 2019, Amanda fundou o Instituto Perifa Sustentável, uma organização criada para abordar as questões ambientais nas periferias brasileiras, com o objetivo de combater os impactos desproporcionais das mudanças climáticas nessas regiões, como enchentes e deslizamentos de terra. Através desta entidade, Amanda tem promovido a mobilização de jovens para a agenda de desenvolvimento sustentável, integrando a justiça racial e ambiental no centro de suas atividades.

Amanda defende a necessidade de “deselitizar” o debate ambiental, acreditando que a transformação verdadeira deve começar nas periferias, que sofrem diretamente os impactos das crises climáticas. Em 2021, foi reconhecida como uma das jovens mais influentes ao integrar a lista “Forbes Under30”. No ano seguinte, tornou-se Conselheira Jovem da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, atuando na articulação entre o setor empresarial e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU.

Durante a COP 27, realizada em Sharm el-Sheikh, Egito, em 2022, Amanda destacou a importância de combater o racismo climático e defendeu a descolonização do debate ambiental. O seu trabalho nesta área tem sido fortemente influenciado pela obra “Uma ecologia decolonial” do teórico político franco-caribenho Malcom Ferdinand.

Atualmente, é também colunista do projeto Nós, Mulheres da Periferia.