Artista plástico e DJ cabo-verdiano. Começou a desenhar aos sete anos, nos “tazos” das batatas fritas, chegando mesmo a vender os seus desenhos. Fez o ensino primário e secundário na Escola Jorge Barbosa e no Liceu Ludgero Lima, onde foi elogiado pelos seus professores, o que o motivou a investir no desenho.
Vindo de uma realidade onde não tinha acesso à televisão ou ao computador, explorou a sua criatividade através de construções manuais de brinquedos.
No final do ensino secundário, emigrou para Portugal, onde concluiu o liceu na Escola Secundária Seomara da Costa Primo, na Amadora, desenvolvendo as suas técnicas de pintura. Amadeo continuou os estudos em Design, mas a pintura nem sempre foi prioridade na sua vida, tendo dedicado nove anos da sua carreira ao mundo da música como DJ.
Após mudar-se para Londres e passar por períodos de depressão, além de um tempo em terapia, encontrou na arte um processo de cura. Desde então, tem dedicado a maior parte do seu tempo à pintura e às belas-artes.
Amadeo é diretor criativo da Noboh Kulture, uma marca de t-shirts e peças de tapeçaria que utiliza a pintura como base. O artista contribui para o seu país através das histórias contadas pela marca.
É co-produtor da exposição ‘The Blackness in Me Stains’. A exposição é inspirada num poema de Érica Silva, escritora, poetisa e sua companheira. A coleção foi composta por seis quadros grandes, que foram rapidamente vendidos. Dois dos quadros estão expostos na Casa Amarela, em São Vicente, e um, o retrato de Cesária Évora, no Ministério das Finanças, na Praia.
Em 2023, criou o projeto “Mandinga – Uma Paródia Mal Contada”, com curadoria de Érica Silva. A exposição foi autofinanciada pelo autor e pela curadora e esteve em exibição no Centro Cultural Cabo Verde, em Lisboa.
Amadeo Carvalho já participou em várias residências artísticas, incluindo Fragmentos do Atlântico, em Cabo Verde, e a X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe, em 2024, com obras inéditas que enaltecem a cultura cabo-verdiana e diaspórica.