Sana Na N’Hada

Roteirista e diretor cinematográfico, um dos primeiros realizadores da história do cinema guineense. Sana Na N’Hada nasceu em Enxalé, Guiné-Bissau, a 26 de maio de 1950.

Com o propósito de resgatar e arquivar as imagens da luta de libertação, foi co-fundador do Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual da Guiné-Bissau (INCA), do qual foi eleito diretor e onde permaneceu em funções até 1999.

Formou-se no Instituto Cubano de Artes e Indústrias Cinematográficas.

A 24 de setembro de 1973, documentou a proclamação do Estado da Guiné-Bissau e continuou a missão que Amílcar Cabral tinha-lhe confiado: “filmar a história do seu país para apoiar o seu desenvolvimento”. 

Na N’Hada realizou inúmeros documentários tais como: “O retorno de Cabral”, “Anós nô Ossá Lutá”, “Os Dias de Ancono”, “Fanado, A Nossa Guiné”, “Isabel Bissau” e” Macareu”. E também produziu as longas-metragens “Xima” (1994), “Kadjike” (2013) e “Nome” em 2023, entre outras realizações como criador, diretor ou roteirista. 

Em 1994, o seu filme “Xime” foi distinguido no Festival Internacional de Cinema de Amiens, com o Prémio Especial do Júri, no Festival de Cinema de Annonay em 1995, bem como com o Prémio de Comunicação Intercultural no Vues d’Afrique em 1995. O filme também ganhou um prêémio no Carthage Cinematographic Days.

Em 2005 a sua curta-metragem “Isabel Bissau” recebeu o prémio RTP África para o Melhor Documentário no Festival de Imagens. Em 2016 recebeu o Prémio Prestígio da RDP África. 

Os seus filmes têm circulado internacionalmente por inúmeros festivais de cinema. Em 2023, a sua longa-metragem “Nome”, drama histórico pungente sobre a guerra de independência na Guiné-Bissau, foi apresentada no Acid durante o Festival de Cinema de Cannes 2023.