Panaibra Gabriel Canda, nascido em Maputo, Moçambique, é um dos coreógrafos mais influentes em África, que cria reflexão sobre as convulsões pós-coloniais do país de uma forma ambígua como nenhum outro.

Estudou teatro, dança e música em Moçambique e Portugal. Desde 1993, desenvolve os seus próprios projetos artísticos. O seu trabalho tem sido apresentado por todo o mundo e conquistou prémios distintos.

Em 1998, fundou a CulturArte – Cultura e Arte em Movimento, provavelmente o primeiro e único espaço de produção para dança contemporânea em Moçambique. A dedicação de Panaibra como diretor artístico e coreógrafo reside no apoio e desenvolvimento da cena de dança local e regional, incluindo criações, performances e programas de formação. Além disso, estabelece colaborações com artistas do sul de África e da Europa, bem como colaborações com artistas de outras disciplinas.

Panaibra trabalha há 25 anos como bailarino e coreógrafo em Maputo e no resto do mundo. Nas suas numerosas participações como convidado em festivais europeus, é sempre lembrado que a dança intelectualmente fundamentada não tem necessariamente de ser aborrecida, mas pode ser dinâmica e humorística. Os famosos Marrabenta Solos de Panaibra são um eficaz antídoto para a monótona dança conceitual ao estilo alemão. Descrevem o desenvolvimento político do seu país desde a independência através da linguagem corporal, mostram o corpo comunista, totalitário, democrático, seja de forma pura ou em forma mista avançada.

Os seus projetos já passaram por diversos países, como França, Alemanha, Portugal, Estados Unidos, entre outros, tendo o espetáculo The Inkomati (dis)cord, que criou juntamente com o coreógrafo sul-africano Boyzie Cekwana, valido um artigo no jornal The New York Times.

Panaibra foi distinguido pela prestigiada revista alemã TANZ, juntamente com outros 30 artistas internacionais, como “Nova Promessa para o Futuro da Dança”.