Ator, argumentista, produtor, instrutor de capoeira e cofundador do primeiro serviço de streaming brasileiro direcionado para a comunidade negra, a Wolo TV. Embora viva no Brasil há 10 anos, nasceu em Angola. Mudou-se para o Brasil para estudar engenharia, mas acabou por interromper o curso no último ano, em 2013, para seguir uma carreira no ramo audiovisual.
O artista começou a sua trajetória como ator, dramaturgo e produtor. Fez a sua estreia em telenovelas na série “Segundo Sol”, novela das 21h da Rede Globo, escrita por João Emanuel Carneiro.
Juntamente com os artistas Sol Menezzes, Orlando Caldeira e Drayson Menezzes, foi cofundador do Coletivo Preto, em 2016. O objetivo principal do grupo é fortalecer a dramaturgia negra, criando obras em que mulheres e homens negros assumam papéis de destaque. O coletivo realizou os espetáculos “Boquinha… e assim surgiu o mundo”, com texto e direção de Lázaro Ramos, e “Será que vai chover?”, com roteiro de Licínio Januário.
Januário também é autor da peça “Lívia”, protagonizada por ele ao lado da atriz Sol Menezzes, que colaborou com o texto. Além disso, Licínio é gestor do Teatro Gonzaguinha, no Rio de Janeiro, promovendo uma programação especialmente voltada para artistas negros. Através de projetos como “Nova Visão” e “Mapeando os Nossos”, o espaço tem sido responsável por lançar novos talentos na cena teatral. Januário é um dos idealizadores e faz parte da curadoria do “Segunda Black”, um movimento que une os coletivos de teatro negro no Rio de Janeiro.
Foi premiado como melhor ator na 19ª edição do Festival de Teatro do Rio de Janeiro. Destaca-se entre os seus trabalhos como argumentista o curta-metragem “Namoradeira – Um mundo perfeito”, do qual é autor do argumento e realizador. Este curta foi indicado para festivais internacionais de cinema, como o Rome Independent Prisma Awards, ARFF Barcelona International Awards e o prestigiado Zózimo Bulbul Black Film Meeting – Brasil, África, Caribe e outras diásporas.
Em outubro de 2023, foi convidado para a mesa redonda Conexão com a criação (África-Brasil): conteúdo que vem da Ancestralidade”, no festival Negritudes Globo, juntamente com a atriz Taís Araújo e a escritora Conceição Evaristo. A conversa foi mediada pela jornalista Maju Coutinho.