Apolo de Carvalho

Apolo de Carvalho

Natural da Ilha de Santiago, Cabo Verde, Apolo de Carvalho cresceu em Lisboa. É um intelectual atemporal, investigador, curador e poeta.

Em 2023, deu início ao doutoramento no Programa Pós-Colonialismos e Cidadania Global do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, sendo bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Possui mestrado em Relações Internacionais pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e em Politique et Développement en Afrique et dans les Pays des Sud, pela Sciences Po Bordeaux (França). É também licenciado em Relações Internacionais pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Além disso, é membro da Afrolis – Associação Cultural e investigador no projeto AFROPORT.

Apolo dedica-se à investigação no campo da decolonialidade político-cultural e já participou em fóruns e exposições em instituições académicas e espaços artísticos na Europa, África e Brasil. Especializado em autores africanos e revolucionários dos períodos das lutas pela independência e de estudos pós-coloniais, é coautor do livro “Didjiu: A Herança do Ouvido”, onde assina poemas em crioulo e destaca a importância da língua como ferramenta de descolonização.

Apolo de Carvalho também é o autor da performance “Petrificação dos Cravos”, um ato político contra-colonial no qual a performer Vânia Puma, representando a voz dos herdeiros das lutas de libertação em África e do 25 de Abril, dialoga com as pedras. Esta performance, uma crítica à inauguração do novo Jardim da Praça do Império com a substituição dos brasões das antigas colónias de buxo por pedra, estreou-se em 2023 em Belém, no Teatro do Bairro Alto, e na plataforma digital In Loco.

Este intelectual, investigador e poeta tem desempenhado um papel crucial na discussão sobre a memorialização da história e do presente coloniais em Portugal. Entre várias lutas, destaca-se ainda a sua reivindicação pelo reconhecimento do 25 de Abril como parte da revolução africana.