Sebastião Coana

Sebastião Coana
Sebastião Coana / Foto: Ricardo Franco - Unicef

Artista plástico contemporâneo, nascido na zona rural do distrito de Manhiça, província de Maputo. Realiza uma variedade de trabalhos criativos, incluindo instalações culturais, artes de rua e pinturas a óleo.


É graduado em Arquitetura e Desenho pela Academia Central de Belas Artes da China (CAFA), e mestre em Finanças Internacionais pela Universidade de Negócios Internacionais e Economia de Beijing (UIBE), em Pequim.


Resultado da sua vivência numa comunidade subdesenvolvida, fortemente afetada pela Guerra Civil, tornou-se num verdadeiro humanista. Hoje, apoia de forma voluntária e sistemática a reconstrução da comunidade onde nasceu, canalizando parte dos seus rendimentos para minorar o sofrimento dos residentes locais.

Descobriu o seu talento no domínio artístico em 1995. Cinco anos mais tarde, juntou-se ao programa juvenil de arte do Museu Nacional de Artes, em Maputo. As suas pinturas e murais de rua estão em várias coleções públicas e privadas de Moçambique e em mais de 25 países, como Pequim, Nova Iorque, África do Sul e Finlândia. 


A sua primeira participação artística aconteceu no Expo Annual Musart 2002, do National Art Museum, em Maputo. Depois vieram Symphony of Cultures- Kempinski hotel, Beijing, China (2015); Annual Expo National Museum of Arts Maputo (2017); Expo Transcending, Maputo (2019); Live art painting em apoio às vítimas do terrorismo em Cabo Delgado e curadoria da Expo KuImbondi, na Galeria Porto de Maputo (2020); entre outros.

Em 2016 criou uma plataforma com vista a impulsionar o desenvolvimento pessoal e reintegração social de jovens por meio da arte, garantindo inclusão e geração de renda para artistas e amantes de arte.

Recebeu os prémios StartUpper of the Year pelo Total Moçambique (2019); o All Africa Top Innovator of Climate Action Sustainability Challenge pelo AbinBev – South Africa (2018); Entrepreneur of the Year ANJE pelo Banco Comercial e de Investimentos (2017); Unesco Art on Human Rights pela Unesco Mozambique Headquarters (2004); entre outras distinções.

As suas recentes obras incluem o History of Matola, arte mural com mais de 50 metros de largura para o recém-construído edifício municipal da Matola, e artes murais para o projeto Bring Back Maputo, um quarteirão de 3000 m² com uma série de obras de arte que tornaram o distrito de luz vermelha numa nova zona de turismo.

De março a junho, realizou sua própria exposição no Balcão Premier do Absa Bank Moçambique. A iniciativa integra um movimento ecológico a fim de sensibilizar e incentivar a sociedade a utilizar de forma racional os resíduos sólidos por meio do seu reaproveitamento.