Atualmente, Pongo é a kudurista angolana de maior exposição a nível internacional.
A artista passou a estar debaixo dos holofotes quando a revista NME referenciou Pongo como um dos 100 nomes que iriam marcar 2020 e a BBC Radio 6 Music integrou um dos seus temas na sua playlist.
Depois de um interregno de praticamente dez anos, a carreira de Pongo foi relançada em França, onde cada vez que se apresenta é recebida calorosamente. Tanto em salas de concerto, quanto em festivais e até no Palácio do Eliseu onde chegou a cantar, em 2019, a convite do Presidente Emmanuel e da Primeira-Dama Brigitte Macron.
Em 2020, venceu o prémio Music Moves Europe, que distingue artistas emergentes representantes do “som europeu de hoje e de amanhã”.
Depois da paragem forçada, por conta da pandemia, Pongo lançou Sakidila, um álbum revestido de energia, ritmo e velocidade, para contrastar com o período depressivo por que passou previamente.
Uma das faixas do projeto, “Bruxos”, foi apresentado na plataforma internacional COLORS, deixando o público angolano e PALOP rendido ao seu talento e potência.
Em 2022, só nos meses de verão, Pongo teve uma agenda programada com mais de 30 concertos seguidos, nos cinco continentes. Apesar do ponto alto em que se encontrava a sua carreira, a velocidade e intensidade impressas diariamente no seu trabalho levaram-na a um momento de ruptura.
Num momento de exaustão e desabafo nas redes sociais, a kudurista chamou a atenção da indústria da música para a exploração de artistas negros e da sua arte, desvalorização cultural, falta de transparência financeira, sobrelotação da agenda artística, desconsideração pela pessoa além da artista e falta de humanismo. Com uma agenda de concertos exigente, a artista arrumou o microfone até que a sua voz fosse ouvida e atendida.