Paula Nascimento é uma das curadoras artísticas nascida e criada nos PALOP com maior exposição a nível internacional.
Em 2013 venceu um Leão de Ouro; já passou pela Expo Milão, pelas Bienais de Bamaco e de Lubumbashi; é fundadora do estúdio de arquitetura Beyond Entropy Africa e do coletivo cultural Pés Descalços; faz parte da “família” Cachupa Factory, em Cabo Verde, e integrou o grupo de artistas que assinou uma colaboração entre a gigante sueca IKEA e a sul-africana Design Indaba. O seu nome integra uma lista não exaustiva de trabalhos reconhecidos e distinguidos, tanto acima como abaixo da linha do Equador.
Com uma formação que passou pela London Southbank, universidade pública e uma das maiores da capital inglesa, e pela Architectural Association – a mais antiga escola de arquitetura independente no Reino Unido -, Paula trabalhou ainda no escritório Álvaro Siza Arquitectos – que carrega o nome do mais notável e premiado arquitecto português -, na renomada australiana RDA Chartered Architects e na britânica Bates Zambelli Architects.
Através Beyond Entropy Africa, uma organização sem fins lucrativos que fundou com o arquiteto e curador italiano Stefano Rabolli Pansera, os projetos em que colabora estão profundamente ligados ao paradigma da condição urbana da região subsaariana africana, tendo como ponto de partida as assimetrias urbanísticas da superlotada capital angolana, e à expansão e desenvolvimento das artes visuais africanas, dentro e fora do continente.
Desde 2019 que Paula é a curadora das Galerias Africanas na feira de arte Arco Lisboa. Atualmente, é Presidente do Comité Artístico da Nesr Art Foundation, membro do Conselho Consultivo do Hangar – Centro de Investigação Artística, curadora associada da VII Bienal de Lubumbashi.
Além do Leão de Ouro vencido em 2013, na Bienal de Veneza, o palmarés de Paula Nascimento inclui dois prémios Angola 35 Graus – Arte e Cultura (2013 e 2016), Prémio Arc Vision para Mulheres e Arquitectura – Prémio Especial Expo 2015; Certificado de Excelência African Architecture Awards (2017) e a bolsa Okwui Enwezor 2022 da Independent Curators International.
