Mónica de Miranda é artista e investigadora. O seu trabalho desenrola-se em torno dos temas da arqueologia urbana e das geografias pessoais. Trabalha de forma interdisciplinar com desenho, instalação, fotografia, cinema, vídeo e som, nas suas formas expandidas e nas fronteiras entre ficção e documentário. Tem uma licenciatura em Artes Visuais pela Camberwell College of Arts.
Em 2014 fundou o projeto Hangar – Centro de Investigação Artística, em Lisboa.
Entre as exposições em que participou destacam-se: Construir o Tempo (Centro Cultural Camões, Luanda, Angola, 2022), Mirages and Deep Time (Galeria Avenida da Índia, Lisboa 2022), Berlin Biennale (2022), no longer with the memory but with its future (Oratorio di San Ludovico de Nuova Icona, biennale de Veneza, Itália 2022), The Island (Autograph, Londres, 2022), Europa Oxalá (Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Mucem, França, 2022), Thinking about possible futures (Biennale del Sur, 2021), African Cosmologies, Houston Fotofest (2020), Tales from the water margins (Biennale Internationale de l’Art Contemporain de Casablanca, 2018), Taxidermy of the future (Biennale Lubumbashi, 2019), Atlântico. Uma viagem ao centro da terra (Galería Sabrina Amrani, Madrid, Espanha, 2017), Panorama (Tyburn Gallery, Londres, Reino Unido, 2017), Arte Contemporânea Africana e Estética das Traduções (Bienal de Dakar, Senegal, 2016), Addis Foto Fest (Adis Abeba, Etiópia, 2016), Hotel Globo (Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal, 2015), Ilha de São Jorge (14ª Bienal de Arquitetura de Veneza, Itália, 2014), Line Trap (Bienal de São Tomé e Príncipe, 2013).
Em 2019 foi nomeada para o Prémio EDP e expôs no MAAT, e em 2016 foi nomeada para o Prémio de Fotografia Novo Banco e expôs no Museu Coleção Berardo, como finalista.
O seu trabalho está representado em diversas coleções públicas e privadas, incluindo: Coleção do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, MNAC, MAAT, FAS, Centro Cultural de Lagos e Arquivo Fotográfico de Lisboa.
Em 2022, lançou o filme “Caminho para as estrelas” adquirido pela Fundação Calouste Gulbenkian para a Coleção do Centro de Arte Moderna.
O filme, cujo título alude a um poema de Agostinho Neto, líder da luta anticolonial e primeiro presidente de Angola após a independência, foi a peça central da exposição da artista “no longer with the memory but with its future” (“Não mais com a memória, mas com o seu futuro”, em tradução livre do inglês), que integrou este ano a programação paralela da 59.ª Bienal Internacional de Arte de Veneza.
A Fundação Calouste Gulbenkian descreve que o filme “segue a viagem, do amanhecer ao anoitecer, de uma ex-combatente da luta pela libertação Angolana, enquanto viaja de barco pelas margens do rio Kwanza, local de origem do reino do Ndongo, um estado pré-colonial africano tributário do reino do Kongo, criado por subgrupos do Ambundu, e liderado pelo rei Ngola”.