José Lino Neves, é licenciado em Engenharia Florestal, tem uma pós-graduação em Protecção Civil (com base num trabalho sobre bairros críticos e a discriminação étnica e social em tempos de emergência), e é vice-presidente da Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal.
Descendente de cabo-verdianos, José Lino Neves tem um importante papel na celebração, partilha e mapeamento da herança africana em Portugal. Esse seu percurso passou pelo Comissariado para as Migrações, onde trabalhou na capacitação, financiamento e análise de projetos e na criação de políticas públicas de combate à discriminação racial, de género, étnica e social.
Atualmente, enquanto vice-presidente da Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal, José Lino Neves tem trabalhado em diferentes projetos que mantém viva a memória africana da história portuguesa. São exemplo as visitas guiadas pela capital com o título “Espaços da Presença Africana em Lisboa” e a “Caminhada espiritual – Ilha dos Negros”, que recorda os primórdios da presença africana na região do Sado ou ainda o “Fado Dansado”, que traça as influências de culturas mouriscas, angolanas, brasileiras e cabo-verdianas num dos géneros musicais mais célebres de Portugal.
A organização não tem fins lucrativos e é também popular pelo trabalho desenvolvido com crianças, no ensino de danças tradicionais africanas, além de criar parcerias com diferentes organismos. Numa dessas parcerias, com a Associação Cavaleiros de São Brás, para levar à população informação de extrema relevância para a comunidade, como nacionalidade, direitos e deveres no trabalho, imigração e regularização, entre outros temas.