Darlene Barreto tem 27 anos. Ao fim de 20 da morte do pai, decidiu concretizar o sonho de criar uma entidade privada, de direito público, em homenagem ao legado cultural deixado pelo pai, Orlando Pantera. 

Formada em Gestão de Marketing com especialização em Marketing Digital, após os estudos regressou a Cabo Verde com o intuito de trabalhar no legado do pai, cantor, compositor e educador cultural, cujo nome continua a ter impacto nas obras criativas das novas gerações.

Para concretizar esse sonho, criou uma marca de roupa e objetos em parceria com o artista plástico cabo-verdiano Helder Cardoso, fez uma campanha de crowdfunding e shows beneficentes.  

Apesar de não ter seguido oficialmente uma carreira musical, a música e a dança sempre estiveram no quotidiano de Darlene, tendo integrado o grupo de 14 batucadeiras cabo verdianas que acompanharam a rainha do POP, Madonna, no Madame X tour, em 2019 e 2020. 

Em 2020 iniciou o processo para a legalização da Fundação Orlando Pantera, através da qual Darlene pretende lançar um álbum com as gravações e orientações deixadas pelo pai, que estava a trabalhar num disco quando faleceu; um documentário que contará na primeira pessoa com imagens inéditas que a jovem descobriu nessa busca pelo legado do pai; e ainda inaugurar um museu biográfico com o acervo do artista que a própria está a recolher. 

Em 2021, Darlene organizou um concerto de tributo a Orlando Pantera, que contou com a participação de grandes nomes da música cabo-verdiana, entre os quais Bino e Eduíno, dos Ferro Gaita, Princezito, Batchart, SOS Mucci, entre outros.

Um ano depois, o sonho de Darlene materializou-se ao formalizar oficialmente a Fundação Orlando Pantera. A então presidente do organismo estreou também o espetáculo ‘’Pantera’’, de Clara Andermatt, uma peça que une dança, teatro e música, produzida no âmbito das iniciativas da Fundação para a divulgação do legado do artista.