Carlos Lopes é um economista, sociólogo e autor guineense com mais de 30 livros editados que desenvolvem teorias e práticas estratégicas para o desenvolvimento de África.
Nascido em Canchungo, no dia 7 de março de 1960, na Guiné Bissau, Carlos Lopes estudou o ensino secundário no liceu nacional Kwame Nkrumah, na capital do país e conseguiu uma bolsa para estudar em Genebra, na Suíça onde obteve o grau de mestre no Instituto Universitário de Altos Estudos Internacionais e o grau de doutor na Universidade Panthéon-Sorbonne em Paris, na França. Recebeu também o título de doutor honoris causa em ciências sociais da Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, Brasil, e da Universidade Hawassa, em Awassa, Etiópia.
Carlos Lopes trabalhou no setor público do seu país nas áreas de investigação, diplomacia e planeamento, além de economista do PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, tendo sido Diretor Anexo do Escritório de Avaliação e Planeamento Estratégico, Representante Residente em Zimbabwe em 2003 e representante da PNUD no Brasil. Entretanto, foi responsável pela direção do escritório de políticas de desenvolvimento em Nova Iorque, nos Estados Unidos,
Nos períodos de 2005 a 2012 assumiu vários outros cargos de liderança tendo sido Diretor de Assuntos Políticos no Escritório do Secretário Geral, Diretor de Política de Desenvolvimento no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Diretor Executivo do Instituto das Nações Unidas para a formação e a investigação em Genebra e ainda Director do Colégio de Pessoal do Sistema das Nações Unidas em Turim, na Itália.
De 2012 a 2016 foi secretário executivo da comissão económica das Nações Unidas para a África.
Em 2018 foi eleito pela revista pan-africana New African como uma das 100 personalidades mais influentes do berço da humanidade.
É membro convidado na Escola Oxford Martin da Universidade de Oxford, no Reino Unido e professor convidado na Escola Nelson Mandela de Governança Pública da Universidade de Cidade do Cabo, na África do Sul.
Carlos Lopes defende a pluralidade e a diversidade de África e reivindica a transformação estrutural sob o desafio de uma mudança estrutural da economia e da sociedade africana. Em 2022 lançou ainda o livro Mudança Estrutural em África–Percepções Deturpadas, Novas Narrativas E Desenvolvimento No Século XXI, escrito com o economista do Zimbábue George Kararach, onde fala sobre percepções que considera deturpadas sobre a África, além de novas narrativas sobre o continente e desenvolvimento no século XXI, passando pela necessidade de se investir na industrialização da região e oportunidades.