A poesia raramente é tema de notícia, mas Alice Neto de Sousa não é uma poeta dada ao impossível. Aos 28 anos, Alice é, provavelmente, uma das poetas mais populares da atualidade na Lusofonia.
Formada em Psicomotricidade, foi em sessões de Party Slam que se redescobriu. “Há um antes e depois do Poetry Slam na minha forma de fazer e ver a poesia”, disse em entrevista ao meio A Mensagem de Lisboa.
Procura através da poesia e da palavra dita “afiar a língua” para temas sociais emergentes, desde uma pedra parada na calçada até às prostitutas do Martim Moniz, sem esquecer os ismos e sismos que nos rodeiam. Inquieta por natureza nas palavras e nas escolhas, gosta de liberdade de pensar e de sentir.
Em 2021, o seu poema Terra integrou a coletânea “Do que ainda nos sobra da guerra”, publicado na Editora Ipêamarelo, no Brasil.
No mesmo ano, convidada a criar um poema para apresentar na primeira edição do evento de lançamento da Power List 100 Personalidades Negras Mais Influentes da Lusofonia, Alice escreveu “Poeta”. Reapresentado no programa “Bem-Vindos”, da RTP África, a poderosa e inebriante declamação de Alice acabou por voar além fronteiras, tendo-se popularizado por toda a Lusofonia com milhares de partilhas nas redes sociais.
Em 2022, Alice Neto de Sousa criou e leu o poema Março nas celebrações do 25 de Abril, onde evoca as liberdades que ainda estão por conquistar, diante dos mais altos representantes do Estado Português, entre outras figuras.