Xullaji

Artista multidisciplinar, Engenheiro de Som

Xullaji é engenheiro de som, rapper e ativista e (enquanto Chullage, o seu anterior nome artístico) é um nome de referência dentro do movimento hip hop lusófono, reconhecido pelo seu liricismo e intervenção política.

Nos últimos anos decidiu criar um projeto onde pudesse produzir músicas para juntar o seu próprio multiverso sónico ao universo mais preto das suas letras. O resultado foi Prétu: uma justaposição de samples de referências africanas, com as influências eletrónicas onde expressa o seu pensamento sobre Descolonização, Pan-africanismo, Afro-futurismo e Amor.

É um processo que agrega música africana politicamente engajada a samples e programações de diferentes estilos musicias como o dub, batuku, kilapanga, hip hop ou grime. O objetivo deste projeto é criar uma espécie de conversa consigo e com a sua comunidade, e também uma tentativa de se demarcar das perspetivas afro-americanas que se impõem a outras cosmologias da luta contra a opressão.

Além de juntar a sua música à de músicos que o inspiram, Prétu cruza-se com a linguagem das artes visuais, teatro e dança à procura de uma estética visual própria, associando-se a outros criadores que vibram em frequências próximas.

Para além da música que produz, Xullaji é sonoplasta e faz composições para teatro e artes visuais. Assinou várias peças entre Lisboa e Londres. Colabora com a companhia de teatro The Griot onde faz música e peças de design de som e também é ator.

Como designer de som colaborou com VHILS nas suas exposições individuais: Haze – Cincinnati 2020, Incision – Curutiba 2019, Fragments Urbains – Paris 2018, Debris – Macau 2017, Debris – Hong Kong 2016, Dissection – Lisboa 2014; e Monica de Miranda no Pós-Arquivo, Lisboa, 2020, Circular Sul – MAAT Lisboa, 2019, Dó – Luanda 2018, Beleza – Galeria Carlos Carvalho 2018.

Xullaji também é co-fundador do Peles Negras Máscaras Negras (“Black Skins Black Masks”) – teatro para a escuridão. Este começou como um grupo de teatro fórum, e hoje, através do teatro, música e arte-educação, mantém uma prática de discussão horizontal social e engajada com a comunidade cabo-verdiana e guineense.

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