Reconhecido pela sua excelência e rigor, Rogério de Carvalho é um encenador luso-angolano, nascido em 1936, na Gabela, província do Kwanza Sul, em Angola.
Antes do 25 de Abril fez espectáculos proibidos pela censura, encontrando um nicho mais tolerante nas universidades e outras instituições com menos visibilidade. Laureado com vários prémios, as suas encenações são fragmentos que contam uma história, onde o espectador querer-se ativo.
Encenou peças de autores que fazem parte da dramaturgia clássica e contemporânea, como Tchekov, O’Neill, Molière, Gil Vicente, Fassbinder, Jean Genet, Mena Abrantes, Jaime Salazar ou Breyten Breytenbach, obtendo, por duas vezes, o Prémio de Crítica da Melhor Encenação com os espectáculos Tio Vânia, de Tchekov, e O Paraíso Não Está à Vista, de Fassbinder.
Ao longo dos seus mais de 50 anos de carreira, entre Angola e Portugal, Rogério de Carvalho trabalhou mais de 70 peças, dividido entre a encenação e a pedagogia, tendo sido professor na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, no Porto, e da Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa.