Israel Campos

Jornalista
DR

Israel Campos é um dos jornalistas de maior destaque da atualidade angolana. Natural de Luanda, faz atualmente parte do BBC Future Voices Scheme, depois de ter sido seleccionado no meio de 400 jornalistas para trabalhar temporariamente com a BBC World Service.

A sua carreira profissional começou em 2013, na Rádio Nacional de Angola, onde trabalhou como locutor e repórter até 2021. O jornalista colaborou também com publicações como o jornal O País, Jovens da Banda, Vivência Press News, Club-K, Ongoma News e Tv Zimbo, neste último como correspondente em Londres.

Como freelancer, Israel colabora ainda com o portal Maka Angola e com a Voz da América.

Formado no City University de London, no Reino Unido, Israel foi distinguido em 2017 como o Melhor Jovem Locutor da Rádio Luanda, pela direção da estação radiofónica, e distinguido no mesmo ano pela sua contribuição na produção de conteúdo radiofónico para crianças, pela Gala Palanca Negra Gigantes.

No ano de 2018 venceu o Sixth Form Essay Competition com um artigo que escreveu sobre o colonialismo, pelo ISA – Independent Schools Association, no Reino Unido; em 2019 foi eleito pelo British Council como um dos jovens jornalistas mais influentes do mundo e participou do Future News Worldwide em Londres; em 2021 foi nomeado para a categoria de Newcomer of the Year do Free Press Award pela Free Press Unlimited e foi um dos vencedores do prémio EU GCCA+ Youth Awards para Best Climate Storytelling, pela União Europeia.

O trabalho de Israel Campos é considerado irreverente, dentro do que é feito em Angola, mas sobretudo “contra sistema”. Em abril deste ano, o jornalista foi censurado e suspenso pela direcção da Rádio Nacional de Angola após a leitura de uma crónica do escritor Mweno Vunogue. Com o título “Chuvas em Luanda”, o texto revela as prioridades supérfluas de um executivo angolano incapaz de subvencionar as necessidades mais básicas da população. Israel acabou por ser excluído do cargo de apresentador do programa “Viva Noite” e “Kialumingo”, revoltando a opinião pública que considerou a sanção injusta.