Dino D’Santiago

Artista
DINO
@@ritacarmo_photography_oficial

Nasceu no Algarve, filho de pais cabo-verdianos, começando por dar nas vistas em 2003 num concurso de talentos da TV (Operação Triunfo), envolvendo-se de seguida na música urbana globalizada, fazendo parte de várias aventuras com soul, R&B ou hip-hop lá dentro (Dino & The SoulMotion, Expensive Soul ou Nu Soul Family). Em nome próprio lançou os álbuns “Eu e os Meus” ( Edel 2008) e “Eva” (Lusafrica 2013). Em 2014, Dino D’Santiago e o seu “Eva”, vencem dois Cabo Verde Music Awards, nas categorias de melhor álbum acústico e melhor Kola Sanjon com o tema “KabuTchora”. 

Cinco anos depois edita o celebrado Mundu Nôbu (Sony Music 2019) que o ajudou a fixar a sua assinatura musical que mistura afro-pop com a sua proposta destinta de Funaná futurista e Batuku eletrónico, envolvidos em arranjos vocais que tanto vão beber ao gospel como à soul da escola Motown.

Em 2019, na primeira edição dos Prémios Play, Dino D’Santiago foi distinguido nas categorias de Melhor Artista Solo, Melhor Álbum e Crítica, com o álbum Mundu Nôbu. Nos Cabo Verde Music Awards, venceu na categoria de melhor ritmo internacional e a GQ Portugal atribuiu-lhe o prémio Man of The Year na área da música música. Um novo capítulo da jornada musical de Dino d’santiago chega em 2020 com ‘Kriola’, álbum que recebe elogios da crítica internacional, como a Rolling Stone, Complex e Folha de São Paulo e em Portugal é novamente distinguido com três prémios Play Vodafone com melhor álbum, melhor canção e melhor artista masculino. Influenciado pela paternidade, por várias mudanças no seu quotidiano e vida familiar, e por um contexto de pandemia que se revelou demasiado intenso, Dino d’Santiago cria ‘BADIU’.

Este novo álbum de originais é fruto de trabalho comunitário, com muitas fronteiras mas sem limites. Uma obra embalada pelo Batuku, catártico, cru e negro, que permitiu que gerações novas de cabo-verdianos se reconciliassem e aprendessem a reivindicar a sua herança africana. É a partir deste género basilar, feminino e badiu, que Dino d’Santiago constrói diálogos com o mundo da eletrónica, zouk ou hip-hop. Dando voz às histórias, angústias e alegrias da nação crioula que tem o Atlântico como uma extensão do seu território e a música como o único refúgio para a alegria.